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Blogaridades

À Bolina Pela Vida... Irónico contra os ventos surumbáticos, sério contra os ventos irresponsáveis, iconoclástico contra os ventos dogmáticos, e politicamente incorrecto sejam quais forem os ventos...

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Do Futebol à Democracia…

por bolinando, em 05.02.18

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Em 20 de Maio de 1936, em Braga, Salazar proferia um discurso onde alinhava os valores que iriam nortear o sinistro regime que governou e atrasou Portugal durante meio século. Eram estes os 5 pilares do obscurantismo salazarista:

“Não discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e sua História; não discutimos a autoridade e o seu prestígio; não discutimos a família e a sua moral; não discutimos a glória do trabalho e o seu dever”.

A estes parece que há quem queira juntar um sexto: Não se discute o clube e o seu Presidente.

Lamento que assim seja. Sempre achei que todos esses valores eram, pelo menos, discutíveis. O mais recente ainda mais.

Todos sabemos que as razões que presidem, no essencial, à opção que tomamos, regra geral em tenra idade, de apoiar este ou aquele clube, são essencialmente circunstanciais e não racionais. Mas isso não obriga a que tenhamos de ser, nós próprios, irracionais.

A opção, é sempre respeitável e recuso-me a encarar todos aqueles que não pensam da mesma forma que eu, sobretudo em termos clubísticos, como mais que simples adversários desportivos.

Vem isto a propósito de alguns comentários mais ou menos desbragados, motivados por um post que recentemente coloquei no MEU Facebook sobre a recente derrota do meu Sporting frente ao Estoril e às mais recentes diatribes do labrego malcriado que preside ao clube.

Acho que é um direito que me assiste.

Mais que andar a apregoar-me como livre-pensador prefiro considerar-me alguém que pensa e que é livre. E que faz da liberdade um exercício diário, sobretudo mental e não apenas um acto sazonal de colocar papéis numa urna.

Ao contrário de outros não me arrogo o direito de diagnosticar as doenças da democracia, até porque não sou médico democratologista. Mas sei que um dos sinais de saúde da democracia é o direito de opinião, não apenas das maiorias mas (e sobretudo) das minorias, não só a terem esse direito mas a poderem expô-la livremente. E claro, sem referências a “correctivos” e outras formas de coacção.

E sobre maiorias muito haveria a dizer. Hitler acabou por ser eleito e não é isso que fez dele um modelo de virtudes. Muito recentemente os americanos (ok, com uma ajudinha dos russos) elegeram Trump para presidente e não é isso que faz dele “flor que se cheire”. E então quando falamos de “turbas” as coisas ainda pioram. Ceausescu 3 dias antes de ser apeado do poder e fuzilado, tinha sido vitoriado por centenas de milhar de romenos e entre os que o fuzilaram estariam por certo alguns dos que o tinham vitoriado. Alguém me explicou como se calcula o coeficiente de inteligência da turba: pega-se no coeficiente de inteligência do membro mais desprovido da dita e divide-se pelo número de elementos da turba. Esse é o coeficiente de inteligência da turba!

Desiludam-se os que pensam que vou deixar de considerar Bruno de Carvalho um perigoso caudillo populista, labrego e mal-educado, golpista e outras coisas mais, mas todas más. Ou que vou deixar de considerar Jorge Jesus um treinador fraco, medroso e com um umbigo do tamanho do mundo, para além de igualmente mal-educado. E não é o ter ganho uma Taça da Liga (até há bem pouco tempo considerada por muitos dos que agora a enaltecem, como a Taça das Barracas, das Caricas, etc), que muda o que quer que seja da minha opinião. Eu não quero só o Sporting a ganhar. Quero o Sporting a ganhar, a jogar bem, a dar espectáculo dentro do campo, a respeitar os adversários e a ser o que foi desde a sua criação: um clube diferente e que encha de orgulho os seus adeptos.

Mas para alguns nada disso importa.

Se as notícias não são boas fazem como Dario III, o Rei Persa que mandava matar os mensageiros que as traziam.

O Sporting perdeu vergonhosamente com o Estoril e hipotecou quiçá o título (por causa do vento, claro) e quem é posto em causa não é a luminária do Jesus mas sim aqueles que como eu questionam o que anda a fazer para o salário milionário que ganha!

Não sei a que se referem quando falam do “croquete”. Não gosto particularmente. Mas também não tenho de me rebaixar ao nível da  “ sandes de córatos, da bifana com muita molhenga, com uma mine morna e rebatida com um café com cheirinho”.

Os nossos adversários mais directos já passaram pelo mesmo. No Porto os sócios endeusaram o Presidente, não se preocuparam com as vozes que avisavam para o mau caminho que se trilhava e apanharam com um "Apito Dourado", No Benfica também se endeusou Vale e Azevedo e vejam no que deu. Ainda agora não me admiraria que Luis Filipe Vieira arrastasse o Benfica para um atoleiro de onde muito dificilmente sairá..

Não quero que aconteça o mesmo ao meu Sporting.

E por isso vou continuar a dizer e escrever o que penso. Não até o Jorge Jesus ganhar um campeonato para o Sporting, pois já não sou novo e não tenho saúde e anos que me restem para tal, mas pelo menos até o Camarada Presidente Bruno Chavez tomar o poder, me expulsar de adepto e me enviar para o Gulag onde terei de recitar horas a fio o mantra “Bruno é Grande e Jesus é o seu Profeta!”

Até lá continuarei a escrever no meu Fabebook, se não se importam, e quem não gostar deixe à beira do prato e desculpem qualquer coisinha!

Quousque tandem abutere, Jorge Jesus, patientia nostra?

por bolinando, em 18.10.17

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Começa a não haver pachorra! Mais uma vez temos o pássaro na mão e deixamo-lo fugir. Tudo por causa de um treinador cobarde, sem ambição e que apenas sabe ser arrogante nas respostas aos jornalistas. Jesus já tinha provado no Benfica que não tem estofo para as competições internacionais. Mas como era no nosso rival a gente até achava graça.Só que agora vem fazer a mesmíssima coisa para o Sporting. E até a sorte desperdiça. Começou a perceber-se o epílogo anunciado quando o génio da pastilha elástica tirou o jogador mais desequilibrador, o Gelson, claro, para meter... o Palhinha como terceiro central. Ou seja, demonstrando à Juve que daí para a frente era só defender. E como o meio-campo continuava a não ganhar bolas (com o dinheiro de tantas vendas não será possível comprar um despertador para o William Carvalho?) passámos a ser sufocados pela "Velha Senhora". E mais uma vez a estratégia do "génio com mau génio" resultou no mesmo. Perdemos!  Este ano a maior parte dos últimos 10 minutos dos nossos jogos são de sufoco, com o coração na boca. Cá atrás, em bloco, tudo a defender e pontapé para a frente para manter a bola longe. E a quantidade de vezes em que hipotecámos o resultado nesses últimos momentos é gritante! O Sporting precisa de um treinador que seja arrogante, agressivo e ofensivo no jogo e cordial, pedagógico e civilizado na relação com os média. Saiu-nos o oposto. E que ainda por cima quando ganha o mérito é dele e quando perde é sempre por culpa de um jogador ou de um sector, ou do árbitro, ou do pastel de bacalhau que comeu ao pequeno-almoço. Não sei a quem atribuiu a culpa da derrota de hoje porque, confesso, não quis ouvi-lo na conferência de imprensa, tal a raiva com que lhe estou. E porque adivinho o que teria para dizer nas pequenas combinações possíveis das 70 ou 80 palavras que conhece.

FUTEBOL EM DIA DA MÃE

por bolinando, em 07.05.17

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Como hoje é Dia da Mãe, não irei falar das escolhas, das teimosias, das invenções, das desculpas e dos medos do Jorge Jesus. Não quero ofender a mãezinha dele. Apenas relevo que ele é como o Cristiano Ronaldo ao contrário. Não pára de bater records... para os nossos adversários. É assim uma espécie de Midas invertido. Só não resisto a comentar a sua afirmação de que o Belenenses nunca nos causou problemas! Ai não?? Imaginem que tinha criado! E abona muito para um treinador perder contra uma equipa que nunca lhe causou problemas... Da mesma forma que dizer que teve de usar jogadores que nunca foram primeira nem segunda escolha ao longo do campeonato é uma frase digna de um verdadeiro líder, motivadora para todo um grupo de trabalho, um verdadeiro "Coach"... ou será Coxo? E, pergunto eu, esses jogadores não foram escolhidos por ele? Então contratou-os porquê e para quê? Mas é melhor ficar por aqui para não ter de ofender a mãezinha desta personagem!

FINALMENTE... UMA BOA EXIBIÇÃO

por bolinando, em 09.04.17

Bruno César e Bas Dost

Finalmente o nosso Sporting brindou-nos com uma grande exibição.

E acho que não foi por acaso.

Foi uma exibição que resultou de várias circunstâncias que espero que o nosso treinador perceba.

Nomeadamente que aquela é a posição em que Bruno César tem que jogar, pois é aí que rende, e não em todas as outras em que o treinador tem inventado colocá-lo.

Que o Daniel Podence é um diamante em bruto que só pode ser lapidado com jogos nas pernas e não com "esmolas" de 5 ou 10 minutos (ou nem isso) quando calha. É tão bom quanto o Gelson e tem sobre este a vantagem de não jogar apenas nas alas e desequilibrar quando ganha o centro do terreno.

Que o Francisco Geraldes tem categoria para não jogar essencialmente na equipa B.

Que o Alan Ruiz é o segundo avançado para jogar com o verdadeiro "abono Doost família".

Que a equipa joga melhor sem pressão pois o treinador não me parece muito versado em gestão da inteligência emocional. E para essa quebra na pressão até o facto de o Presidente ter saído do banco deve ajudar. Aliás, acho que nas últimas jornadas fez mais falta o capitão Adrian no campo ou mesmo no banco que o Presidente. A este pede-se que administre o clube e o represente condignamente. O campo e o banco devem ser para os profissionais do "ofício".

Mas repito, há bastante tempo que não via uma exibição da nossa equipa que me agradasse tanto.

E como os objectivos desta época já caíram por terra, espero que esta exibição já se "integre" na preparação da próxima época. 

Alguns jogadores irão sair por não termos capacidade económica para os "agarrar". Para colmatar as saídas há que apostar nalguns dos nossos jovens emprestados, caso do Iuri Medeiros e ir buscar um ou outro BOM jogador e não as paletes de coxos que comprámos o ano passado, anunciados como craques e que afinal não passavam de traques.

E já agora, para a serenidade da equipa é bom que se acabe com práticas como a de fazer queixas de outros clubes por factos para os quais não somos vistos nem achados. Aquela ideia de fazer queixa à Federação por o Jonas ter alegadamente chocado propositadamente contra o treinador do Porto é ridícula em virtude de o próprio Porto, ainda em luta pelo campeonato com o Benfica não ter apresentado queixa desse facto. O futebol não pode ser encarado como birras de miúdos. O Porto que faça pela vida dele e nós fazemos pela nossa.

E espero para a semana não ter de estar aqui a escrever algo que desminta o que escrevi hoje.

DO ALMIRANTE SEM MEDO AO PAISANO SEM EDUCAÇÃO...

por bolinando, em 05.03.17

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Sou do Sporting desde que me conheço. Mas pratiquei muitos desportos, a partir dos 3 anos de idade, curiosamente nunca no Sporting mas sim em clubes mais pequenos, como o Lisboa Ginásio Clube, não por questões clubísticas mas por horários, facilidades conseguidas, etc. Não foi portanto como praticante a minha adesão ao clube. Como também já não sou do tempo dos 5 violinos, em que o Sporting dominava em absoluto o panorama futebolístico nacional, também não foi por aí a minha adesão ao clube. Não foi por o considerar melhor (nem pior) que os outros. Foi por o achar diferente, segundo a mesma linha que tinha motivado a adesão da minha mãe ao clube do Leão. E por considerar o meu Sporting um clube diferente aturei, durante anos, sem vacilar, as "bocas" dos adversários, maioritários em todo o lado, na escola, no trabalho, na tropa. Que importava?! Tinha orgulho em ser do Sporting, nos seus valores, em quem dava a cara por ele. Claro que os resultados importavam. Mas não eram tudo!

Ao longo da minha vida de desportista de várias modalidades (ginástica, ginástica desportiva, basquetebol, luta greco-romana e, mais tarde, tiro com arco) aprendi que o valor dos nossos adversários é fundamental. Não é a competição connosco próprios que nos motiva e faz progredir. É a competição com os outros. E quanto mais fortes os outros forem, mais nós temos de ser fortes. Por isso sempre respeitei os meus adversários e sempre desejei que fossem fortes para eu poder ser ainda mais forte. O "clube único" não é mais que uma variação do "pensamento único" que abomino! Daí que não confunda adversários com inimigos. Não quero a destruição dos meus adversários, quero a minha consagração como melhor que eles. E isso é uma das primeiras coisas que me separa irredutivelmente do actual presidente do meu clube.

E ao longo da minha vida conheci vários presidentes do meu clube. Desde "Presidentes de Camarote", que apenas apareciam em dias de jogo e que, pelo menos aparentemente, pouca intervenção tinham no quotidiano do clube, até "Presidentes Adeptos". Sim, porque para mim, presidentes como João Rocha foram verdadeiros Presidentes Adeptos. Presentes sempre que eram precisos, apoiantes à distância quando eram necessários e não queriam ficar com os louros todos, mas sempre vibrantes com os êxitos do clube e feridos com os seus insucessos. Mas sem nunca esquecerem que a sua imagem era a imagem institucional do clube. E lamento mas o actual Presidente do Sporting não é um "Presidente Adepto", mas sim um "Presidente Hooligan", que desconhece o seu lugar e desce a patamares questionáveis até para os mais "básicos" dos simpatizantes. Um presidente que não só não controla os instintos mais básicos desses mais básicos adeptos, como os incentiva.

E também na minha vida tive o privilégio de conhecer o Almirante Pinheiro de Azevedo, o homem que ficou conhecido como o Almirante Sem Medo, por quem sempre tive simpatia (ou não tivéssemos em comum os Fuzileiros). Fiquei agora a saber que Bruno de  Carvalho é seu sobrinho-neto. Mas presumo que tenha convivido pouco com o seu tio-avô. Pinheiro de Azevedo não era mal-criado e não tolerava más-criações. Era apenas desbocado. E aposto que lidaria com as más criações infantis com um par de açoites. Que obviamente Bruno de Carvalho não levou. E que muita falta lhe fizeram. 

Que se esperaria de alguém que cospe na cara de um velho (por mais irritante, troglodita e aldrabão que este seja)?

O discurso de vitória de Bruno de Carvalho só veio realçar a sua total falta de capacidade social, a sua má criação, o seu perigoso egocentrismo, a sua tentação totalitária, enfim, tudo aquilo que o deveria desclassificar para o cargo que em má hora conquistou.

Aos adeptos prometeu títulos. E vai dar-lhes muitos... títulos de jornais. 

Custa-me ver, a seu lado, algumas pessoas que muito admiro e que não esperava ver ao lado de tão sinistra e mal educada personagem.

Eu sei  que o Sporting vai sobreviver, como já sobreviveu a Jorge Gonçalves. Mas o Sporting não devia ser um clube condenado a lutar pela sobrevivência mas sim fadado a lutar pela preponderância. E enquanto tiver à sua frente irresponsáveis, parolos, mal criados e chico-espertos como este não iremos longe.

E como não sou mal criado, mas fui oficial de marinha, em resposta ao discurso de vitória de Bruno de Carvalho só lhe digo o seguinte: "Ó Bruno de Carvalho, vai para aquele cesto de vigia no alto do mastro!"

 

RECORDS ELEITORAIS

por bolinando, em 05.03.17

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Da última vez que se bateram records nas eleições para a presidência do meu Sporting, o eleito foi... Jorge Gonçalves. 

Desta vez voltaram a bater-se os records e o eleito foi... Bruno de Carvalho!

Estou a ver aqui um padrão...

QUEM NÃO SABE QUE OS LEÕES RUGEM?

por bolinando, em 11.02.17

O presidente do meu clube e putativo candidato a mais um mandato atirou-se ao seu oponente nas eleições, Pedro Madeira Rodrigues, dizendo que "quem não sabe que os leões rugem não devia ter aspirações dentro do Sporting". 

Isto não é um presidente, é um serviço público! Uma verdadeira telescola sem pantalha! Aposto que ainda vai ensinar as crianças que os carneiros balem, os burros zurram, as galinhas cacarejam e os pintainhos fazem piu-piu.

Mas eu, desejoso de o ajudar, aproveito para lhe revelar que "quem deita baforadas de fumo pelas narinas são os dragões e quem assim utiliza os cigarros electrónicos só devia ter aspirações dentro do FCP".

Para o ajudar na sua saga pedagógica "Como fazem os animais", aqui fica a ajuda inestimável do D. Duarte quase II.

 

FÁBULA SEM PINGO DE MORAL

por bolinando, em 05.02.17

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Em primeiro lugar há que esclarecer que chamei a isto uma fábula porque começa como todas as fábulas por "No tempo em que os animais falavam"  (no fim dos jogos, acrescento eu).

E assim foi. No fim do jogo com o Porto, Jorge Jesus veio dizer que tínhamos merecido ganhar (como sempre diz, só que desta vez até tinha alguma razão, em virtude da grande segunda parte que os nossos jogadores fizeram) e que só tínhamos perdido por causa do Casillas (acho que ele, no íntimo, tinha esperança que o Porto alinhasse sem guarda-redes) e do João Palhinha, que não cumpriu as suas instruções.

A verdade é que Jorge Jesus começa a tornar-se demasiado previsível para o meu gosto. se tivéssemos ganho, lá teríamos de ouvir o tradicional discurso do Ferrari, da sua genialidade técnica e da inevitabilidade da equipa com o melhor treinador português ser a melhor em campo.

Como perdemos o tradicional é culpar a arbitragem (que de facto nos tem prejudicado imensamente mas isso não justifica nem explica tudo), só que neste caso era difícil ir por aí. Então Jorge Jesus tem sempre um plano B, que é culpar terceiros, neste caso um jogador.

João Palhinha é um dos miúdos formados na nossa academia e um valor que se vem afirmando aos poucos, ao contrário das contratações "galácticas" solicitadas, ou pelo menos abençoadas, por Jorge Jesus, como Petrovic, Meli, Bruno Paulista, Elias, André, Castaignos, e outros craques. Mas a esses nunca culpou Jesus de quaisquer desaires, até porque jogadores pedidos pelo melhor treinador de Portugal só podem estar entre os melhores jogadores de Portugal continental, regiões autónomas e Berlengas.

João Palhinha foi o culpado? Não cumpriu o guião? Se calhar não o conseguiu ler por não estar escrito em português. Terá sido Palhinha a colocar em jogo desde o princípio o jovem Matheus Pereira que, de uma semana para a outra passa de proscrito por Jesus a titular, sem entrosamento com o resto da equipa e num jogo tão importante como este com o Porto? Palhinha não estava a cumprir com o guião, mas a primeira substituição de Jesus não foi Palhinha mas sim... Matheus Pereira, para fazer entrar... Alan Ruiz, esse sim com créditos já firmados e bem entrosado na manobra da equipa, nomeadamente no apoio a Dost.

João Palhinha foi o culpado? Claro. Foi ele que voltou a apostar no trambolho Zeeglar, que só tirou quando viu que corria o risco de expulsão (que até podia ter acontecido, não fosse a simpatia de Hugo Miguel).

João Palhinha foi o culpado? Claro. Foi ele que mandou ficar no banco o miúdo Podence, que nos 10 minutos que esteve em campo passeou classe. Se calhar da próxima será ele o culpado.

João Palhinha foi o culpado? Claro. Aquela mania de disputar todos os lances, de jogar com as pernas e o coração, ao contrário da sonolência de William Carvalho e da sua (a)normal quantidade de passes falhados. Palhinha não o imitou, logo não cumpriu o guião!

Mas mais preocupante ainda é a forma absolutamente despudorada como esta aberração de líder que é Jorge Jesus se refere e desvaloriza um jovem que é um activo do clube, já cobiçado por grandes emblemas europeus e que devem reagir "muito bem" a esta apreciação que o próprio treinador dele faz.

Claro que Bruno de Carvalho estará de acordo com Jesus, ou não fossem farinha do mesmo saco, ou não estivessem amarrados pelos ditos cujos ao mesmo saco de farinha. Bruno até é capaz de ter ido ao balneário dar umas fumaradas ao Palhinha.

Mas a SAD gostará de ver a forma como um dos seus activos mais prometedores é publicamente desvalorizado e criticado pelo próprio treinador?

Confesso que já começo a ter dúvidas sobre a capacidade de Jesus como treinador. Como líder não tenho qualquer dúvida: é um desastre completo, um bluff acabado. 

Mas aposto que nada disso lhe importa e até é capaz de ter ido hoje à missa só para confirmar que, na Santíssima Trindade continua em segundo, à frente do Espírito Santo!

"CAVALLINO RAMPANTE" OU BURRO NAS COUVES?

por bolinando, em 04.01.17

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Como sportinguista e cristão estou a experimentar um terrível dilema teológico: Tivemos um Jesus que foi crucificado para remissão dos nossos pecados e agora temos outro que nunca mais é crucificado, para mal dos nossos pecados!

Vamos ser claros e honestos, o Sporting é eliminado com um penálti inexistente. Que nem tem nada a ver com um hipotético toque do Douglas no Edinho. O que o árbitro assinala é uma falta ao Coates e até lhe mostra um amarelo, quando o Coates nem toca no Edinho.

Mas a verdade é que o Sporting não merecia, nem fez nada, para ganhar o jogo. 

Tudo começa pela escolha da equipa. Então para um jogo onde se decide a passagem às meias-finais de uma taça que direcção e treinador disseram querer ganhar, contra uma equipa que este ano já roubou pontos ao Benfica e ao Porto, em casa dessa equipa, entra-se em campo sem o Rui Patrício, o Ruben Semedo, o Adrian, o Gelson e o Dost??!! De acordo com o boletim clínico a única dessas baixas por lesão seria o Rui Patrício... Desta vez o nosso genial Jesus decidiu poupar os jogadores para as competições europeias (de onde conseguiu tirar-nos)? Ou será para os poupar para o jogo muuuuuuuuitissimo mais importante contra o Feirense? 

Até as substituições foram de mestre. Tirar um trambolho com pernas chamado Castaignos para o substituir por outro trambolho com pernas um pouco mais escuro chamado André Filipe e deixar de fora o Adrian é de mestre!

Mas claro, há que rodar os craques que o génio comprou, como esses Castaignos e André, o Markovic, o Elias, além do Bruno César, do Bruno Paulista, do Zeegelar, do Petrovic, e mais uns trezentos, ou pelo menos da loja dos trezentos. 

Na primeira parte o Setúbal podia ter saído a ganhar por dois ou três. Na segunda parte lá entraram o Gelson (o nosso abono de família) e o Dost e as coisas lá equilibraram um pouco. 

Mas o mais grave é a atitude. 

Mal empatámos o jogo viu-se claramente que estávamos satisfeitos com o resultado, porque nos dava a passagem às meias-finais. E isso é uma atitude que eu não posso aceitar de nenhum clube que se queira grande, em particular do meu Sporting! Não é preciso ser bacharel em futebol para perceber que até contra equipas mais poderosas, como o Real Madrid, o Sporting brilhou por ter jogado para ganhar... e quase o conseguiu. Agora, contra equipas "inferiores", é ainda mais inadmissível essa atitude. 

E não compreendo o comportamento e linguagem corporal da jesuítica criatura. No Benfica corria a linha lateral toda, gesticulava, berrava com os jogadores, dava-lhes ordens, zangava-se com eles... Agora no Sporting cada vez mais o vejo parado, com ar sorumbático, ou absorto, parecendo estar a pensar o jogo. E isso assusta-me pois sei que é matéria em que não é muito versado.

Em determinado momento fiquei com a ideia que gastava mais tempo e energia em "jogos florais" e exercícios do mais puro narcisismo "Microfone meu, microfone meu, diz-me se há algum treinador melhor do que eu!" do que a treinar a equipa.Incapaz de produzir "sound bytes" vomitava bitaites. Qual Abbot e Costello, o presidente tweetava e ele debitava! E o rendimento da equipa patinava. 

Alguns jogadores desciam abruptamente de forma. Como o William Carvalho. Era um craque. Agora parece uma vítima do crack. Hoje, por exemplo, deve ter sido o jogador que mais passes falhou. Ou o Bryan Ruiz do ano passado que em comum com o Bryan Ruiz deste ano só tem o nome. 

O facto é que a teimosia de Jesus não tem limites. Por exemplo, teima em continuar a jogar para um Slimani que já não está lá. E Dost não é Slimani, Nem poderá nunca ser! Mas o ego de Jesus não tem limites e impede-o de assumir os erros e mudar. Aliás nem os vê, de tal forma está empenhado em olhar para o próprio umbigo que é enorme. Aliás, acho que Jesus não tem umbigo, tem meia-dúzia de bigos, pelo menos.

O resultado prático de tudo isto é que começa a parecer-me que Jesus veio para o Sporting para continuar a dar títulos ao Benfica, apesar de segundo ele, ter lá deixado a organização, os esquemas, os programas, o esqueleto, presumo que até as toalhas de bidé.

E o mais grave é que criou um mundo de fantasia em que se movimenta convencido de que é a realidade. Por exemplo, hoje teve a lata de em entrevista à SportingTV dizer que na segunda parte o Sporting jogou muito bem. Se aquilo é a sua noção de "jogar bem", então não serve para treinador do Sporting! 

Não, Jesus, o Sporting não jogou bem, o Sporting não criou as "inúmeras" oportunidades de golo de que ele fala e que só ele viu e as poucas que criou não soube, por manifesta azelhice das "estrelas" que contratou, concretizar. 

O Sporting jogou para o empate e lixou-se. É bem feito para Jesus e injusto para os sportinguistas que gostam de ver a equipa a jogar bom futebol e não a lutar pelo empatezinho com o Setúbal (equipa que muito estimo e que a partir de agora espero que ganhe a Taça da Liga).

Lamento também a não comparência de responsáveis nas entrevistas no fim do jogo. É uma atitude que não se enquadra na maneira de estar do Sporting.

Eu sei que hoje não haveria "volta de honra", mas devia haver responsáveis a dar a cara por esta eliminação que, repito, só acessoriamente se deve a um penalty mal assinalado. 

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AI JESUS!!

por bolinando, em 11.12.16

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Acabei de ouvir Jorge Jesus na conferência de imprensa dizer que tirou Bas Dost porque ele não é muito rápido porque é essencialmente um finalizador. Devo pedir desculpa ao grande timoneiro dos Ferraris. É que eu pensava que sobretudo naqueles últimos 10 minutos o que nós precisávamos mesmo era de "finalizar". Não me tinha passado pela cabeça que precisávamos de um sprinter para fazer séries de 100 metros! (Sobretudo quando o Benfica estava acantonado em menos de 50). Seria para fazer corridas até ao Colombo para lhe ir comprar pastilhas elásticas?
Já estou mesmo a adivinhar que uma das contratações que Jesus vai querer em Janeiro vai ser o Usain Bolt!
Perdemos o jogo, podemos ter perdido o campeonato, mas ganhámos um treinador de atletismo para substituir o saudoso Moniz Pereira!

Por outro lado ouvi o presidente Bruno de Carvalho dizer que perdemos por causa dos papéis. Concordo em absoluto com ele. O nosso treinador passou o tempo todo (e não foi só neste jogo) "a apanhar papéis".

Mas claro que o nosso treinador não vai ligar nenhuma às críticas que lhe estão a ser (e com toda a justiça) feitas e ainda vai sentenciar "Os cães passam e a caravana ladra!"

 

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