À Bolina Pela Vida...
Irónico contra os ventos surumbáticos, sério contra os ventos irresponsáveis, iconoclástico contra os ventos dogmáticos, e politicamente incorrecto sejam quais forem os ventos...
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2016 foi um annus horribilis para a música. Mais um "grande" que desaparece. Greg Lake.
Greg era um verdadeiro génio musical. O tema que aqui deixo, "Lucky Man" foi um tema que compôs ainda nos bancos da escola e que mais tarde recuperou para se tornar num dos maiores êxitos de uma das bandas que fundou. Começou cedo a tocar, em Dorset, numa banda "Teak And The Smokey", que ainda chegou a fazer uma pequena tourné pela Europa. Mas Greg aspirava a mais e saiu para integrar outra banda, "The Gods" onde também pontuavam Ken Hensley e Lee Kerslake que vieram a fundar os Uriah Heep. Mas o verdadeiro salto na carreira musical de Greg Lake deu-se quando, juntamente com Robert Fripp e Michael Giles fundou os King Crimson, cujo primeiro álbum "In The Court of the Crimson King" representa, na minha modesta opinião, um dos pontos de partida do rock moderno, iniciando o que ficou conhecido por rock progressivo. Em 1970 Lake abandona os King Crimson e funda os Emmerson, Lake and Palmer, juntamente com Keith Emmerson e Carl Palmer. E a partir daí o rock não voltou a ser o mesmo. Aí sim dá-se o verdadeiro apogeu do rock progressivo, com a introdução dos sintetizadores e as novas sonoridades que introduziu. Mas mesmo nessa altura o lirismo das letras de Greg Lake, a sua voz inconfundível, o seu baixo, continuavam inconfundíveis. Foi com ele que o lirismo dos temas não foi "soterrado" pelos ambientes sonoros dos sintetizadores. Após a dissolução dos E,L&P Greg Lake ainda fez uma temporada com os Asia mas acabou por formar a sua própria banda, sem grande êxito pois nunca mais encontrou acompanhantes à sua altura. Com a sua morte é um período musical que se encerra. E, para grande parte da minha geração, é o desaparecimento de um músico de culto (mais um), a quem devemos muitas horas do mais puro prazer. Greg Lake era o músico incomum que se escondia dentro de um homem comum. E por isso é um homem comum que merece uma fanfarra!