ÚM SUSPIRO DE ALÍVIO DE FRANÇA
Os franceses e os europeus em geral podem suspirar de alívio. Marine Le Pen (na foto em versão Trump) foi derrotada nas presidenciais francesas. Mas mesmo na hora da derrota não nos poupa a mais umas cenas patéticas. Por exemplo, a candidata que tanto vocifera contra o terrorismo islâmico, o terrorismo que perpetrou o atentado contra o Charlie Hebdo, vedou a esse mesmo órgão a cobertura da sua noite eleitoral. Diz-me com quem andas... A candidata que atacou Fillon por, entre outras coisas, ter arranjado emprego para familiares, esqueceu-se que ela própria herdou o Partido de seu pai e parece que se prepara para abandonar a liderança da FN para... a sua sobrinha, Marion Maréchal-Le Pen. Como designará este regime que parece empenhada em criar? République Héréditaire?
Mesmo assim, há que ter presente que a sujeita teve 11 milhões de votos! Isso é bem elucidativo do falhanço das sucessivas políticas tradicionais francesas, quer de Sarkozys, quer de Hollandes.
E também nada nos inclina a esperar grandes coisas de Macron. Apenas que seja um pouco menos mau do que seria a fascistóide. Em França, tal como nos EUA, precisam-se novas ideias, novas abordagens, em suma, novas políticas.
Quanto a Marine Le Pen consta que se abandonar a liderança da Frente Nacional poderá vir para Portugal treinar o Canelas.