QUERO VOLTAR...
Num dia como o de hoje é impossível não pensar como as Alemanhas, Amsterdão e Paris podem estar na nossa terra. E que sempre que queremos voltar, sentindo-nos emigrantes na nossa própria terra, seja de onde, seja por que for, os únicos portos cujas barras nunca fecham para nós são os braços das nossas mães. E um dia deixam de lá estar. E nós, como aves de arribação, continuamos a voar para lá, em busca de um ninho que já não existe. É injusto. É triste. Devíamos poder sempre voltar para os braços das nossas mães! Eles são a nossa única verdadeira casa. E precisamos de lá chegar antes que a noite caia. E quando percebemos que esse ninho, que essa casa já não existe, começamos a querer que a noite caia.