À Bolina Pela Vida...
Irónico contra os ventos surumbáticos, sério contra os ventos irresponsáveis, iconoclástico contra os ventos dogmáticos, e politicamente incorrecto sejam quais forem os ventos...
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O pior pesadelo (para já) de Trump, tornou-se realidade. Teve retirar a proposta de eliminação do Obamacare do Congresso, onde teria sido rejeitada. Ou seja, a sua proposta que iria, em menos de 2 anos, deixar sem cuidados de saúde cerca de 24 milhões de americanos (entre eles a grande maioria dos seus apoiantes) foi derrotada.
Escusado será dizer que o homenzinho ficou piurso! E não tardou a procurar responsáveis:
E os seus capangas mais directos não tardaram a "sacudir a água do capote" e a atribuir a culpa a outros...
Claro que entre os democratas a reacção oficial não se fez esperar:
Quanto aos republicanos, os que têm mais de 2 neurónios começam a ter uma imagem mais bem definida de Trump:
Quais mísseis norte-coreanos... qual muro na fronteira com o México... qual crise de refugiados... qual "sultanização" da Turquia... Esta sim, é a notícia que está a alarmar todas as chancelarias: "Donald e Melania Trump estarão a dormir em quartos separados".
A própria notícia em si é dúbia pois começa por afirmar isso e mais à frente cita outra fonte que diz que não dormem em quartos separados mas sim em camas separadas. E é aí que a ausência de detalhes deixa o mundo em suspense.
Dormirão em beliches? E nesse caso, quem dorme por cima? E em que beliche dorme o Steve Bannon?
Dormirão em camas individuais? E será verdade que Trump construiu um muro em legos entre as camas para impedir aquela imigrante de pisar o solo americano do quarto e verificar que afinal a America não está "great again"? E junto a qual das camas fica o sofá onde dorme ajoelhada a Kellyanne Conway?
As fotos parecem revelar que na realidade a Melania só consegue dormir nas cerimónias, pois à noite não consegue pregar olho com a Conway constantemente a gritar "Fake News! Fake News!" E de nada serve a Melania gritar-lhe "Go Fake Yourself!".
No entanto, fontes dos serviços secretos asseguram que a verdadeira razão de o primeiro-demo e a primeira-dama dormirem em camas separadas deve-se apenas ao facto de a linha de roupas de cama da Ivanka apenas ter lençóis e edredãos para camas de solteiro.
Mas enquanto a Melania dorme (literalmente) em pé nas cerimónias, os observadores e analistas escrutinam intensivamente as fotos para obterem mais informações sobre as noites de Trump, nomeadamente nos tempos mortos entre os desenhos animados da Fox e as notícias sobre os não-atentados na Suécia. E as fotos já permitiram algumas conclusões importantes:
Trump e Merkl também não dormem no mesmo quarto! Como se pode ver pela foto dormem em sofás-cama separados e nem dão beijinho de boa-noite. Aliás, nem apertam a mão.
Trump e Hillary dormem em partidos separados e não fazem "conchinha" porque dormem de costas viradas. E esta separação nem sofreu qualquer alteração mesmo quando Hillary tentou oferecer a Trump um charuto que tinha descoberto "entre as coisas que o Bill levou aqui da Casa Branca", momento documentado pela foto.
Mas entretanto surgiram fotos comprometedoras de Trump a dormir com a Miss EUA, Tara Conner. Mas como ela não tem cama na Casa Branca, a foto mostra-os a dormir em pé:
O que parece ser a opinião dominante entre as chancelarias de todo o mundo é que o ideal seria que Trump fosse, quanto antes, dormir com a sua paixão de infância e ídolo da juventude, Ronald Reagan...
Moralidades à parte, o que todo o mundo parece lamentar é que a cama onde Trump devia dormir continue vazia e à sua espera:
Não, Cohen não morreu. Para mim e para muitos a sua voz, a sua música, a sua poesia viverão para sempre. E tenho a certeza de que para muitos, tal como para mim, os seus temas estarão ligados a momentos importantes das nossas vidas.
Mas por vezes não prestamos a atenção devida aos seus poemas. Sinceramente acho que a faceta mais interessante de Cohen, para além do seu empenho social, é a sua poesia.
Tony de Matos foi um grande cantor romântico, marginalizado numa época em que se passou a ter vergonha de exteriorizar as afectividades. Hoje assiste-se a uma nova atitude. E ver novos artistas a revisitarem e reinventarem grandes temas como este, é muito gratificante.
Mas a história foi sempre esta... Só dois... E o mundo deixa de existir. E quando o amor acontece não pede licença ao mundo. Era assim nos tempos de Tony de Matos. Continua a ser assim nos tempos de Tiago Bettencourt.
(Pessoalmente gosto mais da interpretação de Tony de Matos, talvez por ter povoado a minha infância).
Já o nosso Cardeal-Patriarca parece não ter lido a mesma Mensagem Papal. Todos os anos na Quaresma se realiza uma "renúncia pascal" que o ano passado rendeu cerca de 250 mil euros. Este ano o Patriarca decidiu que essa renúncia seja utilizada para fazer obras no Seminário dos Olivais. Ou seja, na época em que o Papa nos aconselha a olhar para o "Outro", que classifica como um Dom, Dom Manuel olha para dentro e, com tanto "Outro" a precisar urgentemente de apoio, decide canalizar esses meios não para o "Outro" mas para a Igreja em si! Lamenta-se! D. Manuel, para além de mal acompanhado, anda mal aconselhado. Só assim se explica que opte por "colocar a candeia debaixo do alqueire ou da cama, onde só quem lá está vai usufruir da sua luz".
Esta é a diferença entre Francisco, o Vigário de Cristo e aqueles que não são mais que vigaristas de Cristo.
O Papa Francisco difundiu uma Mensagem para a Quaresma de 2017, que intitulou "A Palavra é um Dom. O Outro é um Dom".
Melhor que falar sobre ela é transcrever uma parte dela:
"O apóstolo Paulo diz que «a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro» (1 Tm 6, 10). Esta é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.
Depois, a parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efémera da existência (cf. ibid., 62).
O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caiem sob a alçada do seu olhar. Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação.
Olhando para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao condenar o amor ao dinheiro: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24)."
Infelizmente muitos cristãos o único Dom que conhecem é aquele que Francisco de Quevedo retratou nos princípios do séc XVII e que Paco Ibañez tão bem cantou nos nossos dias.
A "Samaritana" é, em minha opinião, um dos mais belos fados de Coimbra, inspirado numa história bíblica. O que me entristece é que, se fosse hoje e a fonte de Jacob ficasse em Fátima em dia de visita papal, por certo haveria muitos "cristãos" que cobrariam 10 euros ou mais por cada copo de água! E no entanto todos esses pretensos "cristãos" ouviram hoje referir esta mensagem.
Quando se fala de Música Popular Brasileira por vezes há nomes que nos esquecemos de citar. E de repente reparamos que estamos a ser injustos com os esquecidos. E um dos nomes que muitas vezes esquecemos, eu incluído, é Marisa Monte.
Para "reparar" esse esquecimento aqui deixo um dos temas desta Marisa de que mais gosto. Por Montes de razões.