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Blogaridades

À Bolina Pela Vida... Irónico contra os ventos surumbáticos, sério contra os ventos irresponsáveis, iconoclástico contra os ventos dogmáticos, e politicamente incorrecto sejam quais forem os ventos...

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LINHA MARCELO 24

por bolinando, em 09.01.19

O bebé da vizinha não o deixa dormir? O seu gatinho está preso numa árvore? A sua avó faz 100 anos mas não se lembra do lar onde a deixou? Sofre de disfunção eréctil? O seu míssil intercontinental não funciona? Não consegue bater claras em castelo? Gosta de ouvir a Marvi? Sente saudades do Bruno de Carvalho?

Não desespere! Dispa esse colete amarelo e ligue para a linha dos Afectos, uma linha de valor acrescentado já que o professor acrescenta valor a tudo em que se mete!

E se telefonar já, recebe ainda uma maravilhosa embalagem quase nova de Calcitrim aberta pelo Júlio Isidro e um bilhete para o concerto de António Carreira 15E da Carris.

Atendemos chamadas especiais de grupo para casamentos, baptizados e congressos partidários.

Me Liga, Vai...

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Do Futebol à Democracia…

por bolinando, em 05.02.18

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Em 20 de Maio de 1936, em Braga, Salazar proferia um discurso onde alinhava os valores que iriam nortear o sinistro regime que governou e atrasou Portugal durante meio século. Eram estes os 5 pilares do obscurantismo salazarista:

“Não discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e sua História; não discutimos a autoridade e o seu prestígio; não discutimos a família e a sua moral; não discutimos a glória do trabalho e o seu dever”.

A estes parece que há quem queira juntar um sexto: Não se discute o clube e o seu Presidente.

Lamento que assim seja. Sempre achei que todos esses valores eram, pelo menos, discutíveis. O mais recente ainda mais.

Todos sabemos que as razões que presidem, no essencial, à opção que tomamos, regra geral em tenra idade, de apoiar este ou aquele clube, são essencialmente circunstanciais e não racionais. Mas isso não obriga a que tenhamos de ser, nós próprios, irracionais.

A opção, é sempre respeitável e recuso-me a encarar todos aqueles que não pensam da mesma forma que eu, sobretudo em termos clubísticos, como mais que simples adversários desportivos.

Vem isto a propósito de alguns comentários mais ou menos desbragados, motivados por um post que recentemente coloquei no MEU Facebook sobre a recente derrota do meu Sporting frente ao Estoril e às mais recentes diatribes do labrego malcriado que preside ao clube.

Acho que é um direito que me assiste.

Mais que andar a apregoar-me como livre-pensador prefiro considerar-me alguém que pensa e que é livre. E que faz da liberdade um exercício diário, sobretudo mental e não apenas um acto sazonal de colocar papéis numa urna.

Ao contrário de outros não me arrogo o direito de diagnosticar as doenças da democracia, até porque não sou médico democratologista. Mas sei que um dos sinais de saúde da democracia é o direito de opinião, não apenas das maiorias mas (e sobretudo) das minorias, não só a terem esse direito mas a poderem expô-la livremente. E claro, sem referências a “correctivos” e outras formas de coacção.

E sobre maiorias muito haveria a dizer. Hitler acabou por ser eleito e não é isso que fez dele um modelo de virtudes. Muito recentemente os americanos (ok, com uma ajudinha dos russos) elegeram Trump para presidente e não é isso que faz dele “flor que se cheire”. E então quando falamos de “turbas” as coisas ainda pioram. Ceausescu 3 dias antes de ser apeado do poder e fuzilado, tinha sido vitoriado por centenas de milhar de romenos e entre os que o fuzilaram estariam por certo alguns dos que o tinham vitoriado. Alguém me explicou como se calcula o coeficiente de inteligência da turba: pega-se no coeficiente de inteligência do membro mais desprovido da dita e divide-se pelo número de elementos da turba. Esse é o coeficiente de inteligência da turba!

Desiludam-se os que pensam que vou deixar de considerar Bruno de Carvalho um perigoso caudillo populista, labrego e mal-educado, golpista e outras coisas mais, mas todas más. Ou que vou deixar de considerar Jorge Jesus um treinador fraco, medroso e com um umbigo do tamanho do mundo, para além de igualmente mal-educado. E não é o ter ganho uma Taça da Liga (até há bem pouco tempo considerada por muitos dos que agora a enaltecem, como a Taça das Barracas, das Caricas, etc), que muda o que quer que seja da minha opinião. Eu não quero só o Sporting a ganhar. Quero o Sporting a ganhar, a jogar bem, a dar espectáculo dentro do campo, a respeitar os adversários e a ser o que foi desde a sua criação: um clube diferente e que encha de orgulho os seus adeptos.

Mas para alguns nada disso importa.

Se as notícias não são boas fazem como Dario III, o Rei Persa que mandava matar os mensageiros que as traziam.

O Sporting perdeu vergonhosamente com o Estoril e hipotecou quiçá o título (por causa do vento, claro) e quem é posto em causa não é a luminária do Jesus mas sim aqueles que como eu questionam o que anda a fazer para o salário milionário que ganha!

Não sei a que se referem quando falam do “croquete”. Não gosto particularmente. Mas também não tenho de me rebaixar ao nível da  “ sandes de córatos, da bifana com muita molhenga, com uma mine morna e rebatida com um café com cheirinho”.

Os nossos adversários mais directos já passaram pelo mesmo. No Porto os sócios endeusaram o Presidente, não se preocuparam com as vozes que avisavam para o mau caminho que se trilhava e apanharam com um "Apito Dourado", No Benfica também se endeusou Vale e Azevedo e vejam no que deu. Ainda agora não me admiraria que Luis Filipe Vieira arrastasse o Benfica para um atoleiro de onde muito dificilmente sairá..

Não quero que aconteça o mesmo ao meu Sporting.

E por isso vou continuar a dizer e escrever o que penso. Não até o Jorge Jesus ganhar um campeonato para o Sporting, pois já não sou novo e não tenho saúde e anos que me restem para tal, mas pelo menos até o Camarada Presidente Bruno Chavez tomar o poder, me expulsar de adepto e me enviar para o Gulag onde terei de recitar horas a fio o mantra “Bruno é Grande e Jesus é o seu Profeta!”

Até lá continuarei a escrever no meu Fabebook, se não se importam, e quem não gostar deixe à beira do prato e desculpem qualquer coisinha!

WE MISS YOU LEONARD

por bolinando, em 08.11.17

Faz hoje um ano a humanidade perdeu Leonard Cohen. Morreu o Mestre, o Poeta, o Cantor, o Homem. Mas não morreu o que ele cantou, nomeadamente o amor. Por certo que no mesmo dia em que Leonard morreu amores houve que nasceram. E que viverão muito para lá do Homem. Hellelujah Leo!

A MEMOPAUSA DE ASSUNÇÃO CRISTAS

por bolinando, em 27.10.17

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O diagnóstico parece inevitável. Depois de lançar acusações sobre tudo e todos no que diz respeito aos incêndios, esquecendo que foi ela que liberalizou a plantação de eucaliptos (espécie que segundo ela estava a ser descriminada), agora vem acusar a Câmara de Lisboa de não proteger as lojas históricas, esquecendo-se de que foi ela que, em 2012, aprovou a Lei das Rendas que tantos despejos provocou em lojas históricas. E muitos mais "lapsos" de memória tem sofrido esta senhora desde que deixou de ser governante e passou a governanta da oposição.

Está visto que, com tantas pausas na memória, Assunção Cristas só pode ter entrado na Memopausa!

CAVALO À SOLTA

por bolinando, em 20.10.17

 

 

Hoje, num tempo de tanta falsidade, de tanto desamor, de tanto cinismo e hipocrisia, apeteceu-me deixar aqui uma das canções mais bonitas (para mim, claro) que até hoje se escreveram na língua portuguesa.

Poucas conseguem descrever o amor com tanta força, com tanta intensidade da "passagem para o breve, breve instante da loucura", com tanto desprezo "pelo que pensa e sente a gente certa", com a coragem "de uma espada de dois gumes, tudo ou nada"!

É isto o amor. E não adianta enganarmo-nos... Julgamos que um pouquinho é melhor que nada e um dia descobrimos que o pouquinho é apenas... nada. O amor ou é "tudo", ou não é nada.

O amor ou é um cavalo à solta ou não passa de uma mula manhosa. 

Quousque tandem abutere, Jorge Jesus, patientia nostra?

por bolinando, em 18.10.17

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Começa a não haver pachorra! Mais uma vez temos o pássaro na mão e deixamo-lo fugir. Tudo por causa de um treinador cobarde, sem ambição e que apenas sabe ser arrogante nas respostas aos jornalistas. Jesus já tinha provado no Benfica que não tem estofo para as competições internacionais. Mas como era no nosso rival a gente até achava graça.Só que agora vem fazer a mesmíssima coisa para o Sporting. E até a sorte desperdiça. Começou a perceber-se o epílogo anunciado quando o génio da pastilha elástica tirou o jogador mais desequilibrador, o Gelson, claro, para meter... o Palhinha como terceiro central. Ou seja, demonstrando à Juve que daí para a frente era só defender. E como o meio-campo continuava a não ganhar bolas (com o dinheiro de tantas vendas não será possível comprar um despertador para o William Carvalho?) passámos a ser sufocados pela "Velha Senhora". E mais uma vez a estratégia do "génio com mau génio" resultou no mesmo. Perdemos!  Este ano a maior parte dos últimos 10 minutos dos nossos jogos são de sufoco, com o coração na boca. Cá atrás, em bloco, tudo a defender e pontapé para a frente para manter a bola longe. E a quantidade de vezes em que hipotecámos o resultado nesses últimos momentos é gritante! O Sporting precisa de um treinador que seja arrogante, agressivo e ofensivo no jogo e cordial, pedagógico e civilizado na relação com os média. Saiu-nos o oposto. E que ainda por cima quando ganha o mérito é dele e quando perde é sempre por culpa de um jogador ou de um sector, ou do árbitro, ou do pastel de bacalhau que comeu ao pequeno-almoço. Não sei a quem atribuiu a culpa da derrota de hoje porque, confesso, não quis ouvi-lo na conferência de imprensa, tal a raiva com que lhe estou. E porque adivinho o que teria para dizer nas pequenas combinações possíveis das 70 ou 80 palavras que conhece.

QUEM PROMULGOU A "LEI DO EUCALIPTO LIVRE"?

por bolinando, em 18.10.17

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O Decreto-Lei n.º 96/2013, de  19 de Julho de 2013, também conhecido por "Lei do Eucalipto Livre" é uma peça chave para se perceber o estado de desordenamento a que chegou a nossa floresta e as facilidades concedidas a pirómanos e "outros incendiários". Merece ser lido com atenção. Esta peça legislativa veio liberalizar a plantação de eucaliptos ao mesmo tempo que dificultava a de espécies autóctones como o carvalho ou o sobreiro, segundo os seus autores para deixar de descriminar o eucalipto em relação a outras espécies.

Só me apetece dizer o seguinte: Certos políticos enojam-me não apenas pela falta de escrúpulos que demonstram e por serem mentirosos compulsivos, mas pela despudorada forma como se alimentam das tragédias, no maior dos desprezos pela dor alheia, alternando entre o voo de abutre sobre o local do drama e o papel de carpideira exaltada quando surgem as TVs. Se Ministro há que mereça ser demitido é quem promulgou este Decreto-Lei. E quem foi? Constança Urbano de Sousa? Claro que não. Chama-se Assunção Cristas e na altura era Ministra do Mar (administraria os submarinos do Paulinho?) da Agricultura e de Mais um Porradão de Coisas. A mesma que agora exige "responsabilidades políticas" pelos incêndios. Concordo! Demita-se também ela de líder do CDS, desampare-nos a loja e tenha vergonha na cara! E deixe de tentar capitalizar votos através de uma tragédia da qual é tão responsável como aqueles a quem acusa.

GRACIAS A LA VIDA!

por bolinando, em 18.10.17

Obrigado à vida que me deu tanto. E que me permitiu também tanto dar.

E como seria bom que reconhecêssemos o que temos em vez de estarmos a pedir sempre mais e mais.

E se calhar é por aí que o mundo se divide. De um lado uma minoria que agradece o que tem; do outro uma maioria (espero estar a ser injusto nas contas) que vive da ambição de ter mais e mais, que pisa os outros, que os despreza, para quem o objectivo de vida é um estatuto social elevado, dinheiro para ostentar e se arrogar. No fundo para viver uma vida de "quer mas não pode", em suma, uma vidinha.

Eu dou graças à vida porque me deu um coração para amar. Uma consciência para pensar. "Tripas" para ousar, para ter coragem. Olhos para ver a beleza nas pequenas coisas. E para perceber que por muito belo que seja um quadro de borboletas, as borboletas verdadeiras serão sempre muito mais belas. Porque são reais.

Por isso sei que a minha realidade será sempre muito mais bonita que a ficção de vida de muitos outros, por mais aparentemente glamourosa que seja.

E há mais por aí quem também dê graças à vida. Acredito que nunca estarei só nesta oração em forma de agradecimento.

CHUVA, FINALMENTE!

por bolinando, em 17.10.17

 Finalmente chegou a chuva. Vem tarde para evitar a tragédia de um país a arder. Mas é sempre bem vinda. Que afogue todos os oportunistas que com o maior descaramento e falta de pudor fazem chicana política à custa da desgraça de quem perdeu familiares e todos os bens de uma vida. Que arraste a porcaria e a miséria humana de quem se comporta sem um mínimo de decência, nem moral, nem valores. Porque nem uma tromba de água poderia lavar a consciência de quem não a tem, ou os valores e moral de quem nunca os teve. 

Como é triste ver o pinhal de Leiria, velhinho de 700 anos, 80% queimado! E não se perfila nenhum D. Dinis para o reflorestar. Mas ao menos que surja um Marquês de Pombal qualquer que, como este fez aproveitando a destruição de Lisboa pelo sismo de 1755, promova uma efectiva reforma do ordenamento florestal do nosso país. Foi isso que nenhum governo teve até hoje a coragem de fazer e é isso que se exige deste governo (apesar de curiosamente a oposição e muitos jornaleiros acharem que a prioridade é demitir Ministros. Como se isso resolvesse o que quer que fosse!)

Espera-se também que a chuva possa repor os lençóis freáticos e aliviar a situação de seca extrema em que estamos a cair. 

Pela minha parte deixo aqui um tema velhinho, do José Feliciano, que tantas ouvi com a chuva a cair, durante a minha infância. Considero-o ainda muito actual.

LEONARD COHEN, AGORA E SEMPRE

por bolinando, em 16.10.17

 Leonard Cohen é mais que uma mera referência musical para mim. Com o tempo foi-se tornando uma referência geracional, moral, afectiva. Poucos poderão dizer que nunca ouviram Leonard Cohen. Mas menos ainda poderão dizer que conhecem a fundo a obra deste génio. E é pena que os  meios de comunicação apenas tenham divulgado (às vezes à exaustão) os seus temas mais conhecidos. Porque entre os outros, os menos passados na rádio, perdidos nas faixas intermédias dos velhos discos em vinil, ou apenas disponíveis em gravações pirata, escondem-se preciosidades como este "Leaving the Table". 

E nesses temas, tão intimistas como os outros, mas dirigidos talvez a situações mais específicas, Cohen, mais que referência, torna-se uma inspiração. Todos nós, muito provavelmente, já alguma vez na vida decidimos "abandonar o jogo". E não consigo imaginar maneira mais elevada, mais digna e mais triunfante do que a de Cohen neste "Leaving the Table". 

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